Lula diz que Brasil não exporta bomba atômica: “Não queremos destruir”
Presidente destacou, nesta terça (3/6), que o governo brasileiro tem trabalhado pela preservação do meio ambiente e não para destruí-lo
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (3/6), que o Brasil não é um exportador de coisas destrutivas, como o caso da bomba atômica, e que o governo trabalha na construção de medidas para a preservação ambiental. A declaração do petista ocorreu durante de atos por ocasião do Dia do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.
“Nós não somos os mais ricos do mundo, mas nós não queremos destruir. Nós queremos construir. Esse país não é exportador de bomba atômica. Esse país não é exportador de muitos dos gases que causam mal ao planeta. O que nós queremos é trabalhar com seriedade, e que todo mundo faça aquilo que a gente está fazendo”, disse o presidente.
O chefe do Palácio do Planalto enfatizou a importância de preservar a Amazônia com a geração de medidas que deem dignidade para as pessoas que vivem na floresta. O petista tem destacado o papel do Brasil diante da aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém (PA), em novembro.
“Nós não tivemos medo de apresentar nossas NDCs. Ela é corajosa. Como foi corajosa a decisão de que a gente vai acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030. Não é ninguém que pediu para a gente fazer; nós é que decidimos que era possível fazer”, salientou Lula.
A NDC, citada por Lula, é a Contribuição Nacionalmente Determinada (Nationally Determined Contribution). O termo é utilizado para negociações internacionais sobre o clima. Ela seria, por exemplo, um plano de ação que cada país apresenta à comunidade internacional na esfera climática.
Defesa dos povos indígenas
O presidente defendeu, também, os povos indígenas, com garantia e o à educação, saúde e segurança alimentar. “Porque também não é só largá-los no meio do mato e achar que estamos preservando. Se a gente os largar, a gente não está preservando. A gente está permitindo que eles sejam destruídos.”
Lula enfatizou ainda, no discurso, o direito dos indígenas à terra. “As pessoas são tão medíocres que esquecem que eles já tiveram 100% [do território]”, expressou. E continuou dizendo que a intenção é ajudá-los, não apenas na preservação dos povos, “mas fazer com que a comunidade indígena volte a crescer”, com qualidade de vida, educação, saúde, alimento e oportunidades.