4 multivitamínicos tóxicos para a saúde se consumidos sem prescrição
A endocrinologista Jacy Alves lista quatro multivitamínicos considerados perigosos quando ingeridos sem prescrição médica. Confira
atualizado
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Presentes nas prateleiras de farmácias ou de lojas de produtos naturais, os multivitamínicos são adquiridos — e consumidos —, por vezes, sem prescrição médica. Quando ingeridos por conta própria como forma de melhorar a saúde em geral — desde turbinar a imunidade e até aumentar os níveis de determinados nutrientes no corpo —, esses compostos podem parecer inofensivos, mas escondem riscos preocupantes, conforme explica a endocrinologista Jacy Alves.
De acordo com a mestre em medicina interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tomar multivitamínicos sem avaliação médica pode gerar intoxicação. Ela enfatiza sobre o excesso das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K se acumular no corpo e desencadear consequências graves. O exagero do teor de alguns minerais, a exemplo ferro, zinco ou selênio, tende a provocar danos a órgãos como fígado, rins, pele e sistema nervoso.
Outro perigo mencionado pela especialista envolve as interações medicamentosas: “Algumas vitaminas e minerais podem interagir com remédios, reduzindo a eficácia ou potencializando os efeitos adversos.”
“Tomar vitaminas e minerais desnecessariamente pode colocar a saúde em risco. Por isso, evite a automedicação e cuide do organismo com responsabilidade”, avisa a endocrinologista.
Multivitamínicos
Questionada sobre qual seria o multivitamínico mais perigoso para a saúde se consumido sem prescrição médica, Jacy endossa: “Alguns componentes merecem atenção especial pelo risco de toxicidade”. A endocrinologista elenca quatro compostos. A seguir, confira a listagem:
- Ferro: doses elevadas podem causar náuseas, dores abdominais, constipação e lesões hepáticas graves.
- Vitamina A: em excesso, provoca dores de cabeça, irritabilidade, alterações na pele e até problemas cerebrais.
- Vitamina D: apesar de fundamental, quando usada sem controle, tende a aumentar muito o cálcio no sangue (hipercalcemia), desencadeando arritmia cardíaca, calcificação dos tecidos e insuficiência renal.
- Selênio: o exagero do mineral pode causar queda de cabelo, distúrbios gastrointestinais e alterações neurológicas.

Diante desses quadros prejudiciais, a especialista recomenda verificar a real necessidade do consumo dos multivitamínicos, com base em exames laboratoriais. Antes de ar a tomar as fórmulas, Jacy Alves aconselha fazer uma avaliação individualizada feita por um profissional de saúde. “Riscos de excesso e insuficiência, pois ambos podem causar sérios danos ao organismo”, reitera.
Na avaliação da endocrinologista, o fundamental para a saúde é “manter uma alimentação equilibrada, rica e variada, por fornecer a maioria das vitaminas e minerais necessários”. “A suplementação só deve ser feita quando realmente for necessária e sempre baseada em evidências científicas, sob orientação médica”, finaliza.

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