MP denuncia agiota cruel que extorquiu e aterrorizou mulher no DF
Segundo a denúncia, entre julho de 2024 e maio 2025, a empresária de Vicente Pires foi ameaçada e transferiu mais de R$ 150 mil para o homem
atualizado
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A Promotoria de Justiça Criminal de Taguatinga denunciou o agiota, identificado como Rafael Borges de Souza Vellasco, pela prática do crime de extorsão, agravada pelo uso de arma de fogo.
Preso em maio deste ano, o homem ameaçou, entre julho de 2024 e maio de 2025, uma empresária da região de Vicente Pires (DF), obrigando-a a realizar pagamentos de valores exorbitantes decorrentes de empréstimos informais, conhecidos como agiotagem.
A mulher, enfrentando dificuldades financeiras, recorreu a um empréstimo inicial de R$ 27,8 mil, sobre o qual incidiam juros semanais de R$ 3 mil.
Mais tarde, um novo empréstimo de R$ 10 mil foi contraído, elevando os pagamentos de juros para R$ 5 mil por semana. Ao longo de aproximadamente nove meses, a vítima transferiu cerca de R$ 126 mil ao agiota.
Mesmo com o pagamento de valores muito superiores aos emprestados, Rafael intensificou as cobranças com ameaças à mulher e a seus familiares.
Em um dos episódios, em fevereiro deste ano, ele foi à empresa onde ela trabalhava e, sob posse de uma arma de fogo, obrigou a mulher a ceder os direitos de um lote avaliado em R$ 300 mil como garantia da dívida.
Após as transferências, a extorsão continuou nos meses seguintes, o que levou a vítima a fazer pelo menos 12 depósitos que somaram R$ 25 mil.
Em 30 de maio, Rafael, novamente armado, agrediu fisicamente o esposo da empresária com chutes, além de ameaçá-lo. Nesse dia, a Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada e Rafael foi preso em flagrante.
No momento da abordagem, uma arma de fogo e munições foram encontradas com ele. As investigações revelaram que ele já tinha antecedentes pelo mesmo tipo de crime.
A Promotoria de Justiça acredita que o homem tenha feito outras vítimas e reforça a importância delas procurarem as autoridades para registrar denúncia.
“A colaboração da comunidade é fundamental para enfrentar esse tipo de crime e garantir que o responsável seja processado e punido”, escreveu, por meio de nota.
Denúncias podem ser feitas por meio da Ouvidoria do MPDFT.